
Margaridas amarelas!
Hoje entrei numa loja para comprar um arranjo floral, que tinha visto no Sábado e por qualquer motivo, não comprei na altura. Ia bem disposta como é meu apanagio.
Entrei na loja. A empregada estava ao telefone. Não respondeu ao meu Bons Dias!!
Procurei o que petendia com o olhar. Estava ali mesmo em cima do balcão, onde eu já o tinha visto. Como não fosse aquela cor que eu queria, perguntei à empregada o que precisava, a dita empregada indicou-me com um dedo, em silêncio, o local onde deveria estar o que eu queria, sem largar o telefone, devia ser coisa grave, pela concentração. Procurei por toda a loja, levantei flores, tirei vasos, vi preços e não encontrando nada do que eu queria dirigi-me novamente à empregada que continuava em amena cavaqueira ao telefone. Nesse momento já outra pessoa se lhe tinha dirigido, pois também precisava de ajuda. Mandou esperar com a mão estendida. Ficámos assim as duas à espera que o telefonema chega-se ao fim. A outra pessoa desistiu. Eu esperei para ver o que aquilo ia dar! E que diabo, eu tinha ido ali de propósito para fazer aquela compra e não queria sair dali sem ela!!
Quando acabou finalmente o telefonema a funcionária olhou para mim, aí eu aproveitei e perguntei se havia aqueles arranjos de outras cores. Disse que não, que eram os últimos. Tudo bem. Perguntei o preço. Não estava marcado! Infelizmente era a única coisa que não estava marcada na loja. Pois!! Como tivesse reparado que eu não saiu dali sem o dito arranjo, porque gostava dele e porque sim!! Pegou no telefone e começou a fazer chamadas. Parece que esta menina é muito eficiente ao telefone!! Fez 4 telefonemas!
Mas o preço não apareceu pelo aparelho. Eu revistei as malditas flores e lá estava um preço, não era aquele, disse ela, que tinha comprovado no Computador. Pois!! Nova espera. Novo telefonema, desta vez para o Patrão da loja. Ele lembrou-a do nome do arranjo, “margaridas amarelas”. Estava à vista. Pois!! Encontrou no computador, finalmente. Fez-se a conta e lá saí eu de embrulho na mão e a cabeça desfeita! Olhei para trás e a senhora estava novamente ao telefone!!!
Quem me manda a mim ir a uma loja fazer compras, chatear uma criatura que tem tantos telefonemas para fazer em horário laboral???? Só eu realmente.
Àquela loja NUNCA mais!
Toda a gente quer e tem direito a um emprego. Trabalhar é que é pior! O comércio no Bombarral é uma ruína. Todos os dias fecham lojas e empresas. O País está em Crise. Pois!! Assim, compreende-se!