Faz amanhã um ano que me estreei nestas coisas dos blogues, sou bloquista, em linguagem actual. Comecei sem saber nada, tecnicamente falando. Pedi ajuda ao meu filho e nasceu uma página em branco para eu escrever. O dia da inauguração era, é especial para mim, dia 10 de Junho, dia de Portugal e dia dos anos do meu pai. As palavras eram fáceis de escrever. Os sentimentos também. A saudade do pai ausente, as memórias daquele dia feriado vivido em comunhão com ele, as brincadeiras de infância no meu Alentejo tão amado. Continuei com mensagens aos meus filhos, os meus poemas, as minhas pinturas, os meus animais.
Fui preenchendo as páginas em branco, com aquilo que eu sou, com os meus desejos, anseios, falhas e sentimentos, amores e desamores, desilusões e amizades. Um pouco de mim está neste blogue, um pouco da minha alma, um pouco da minha maneira de ser.
Os amigos também aqui estão, os que escrevem, os que passam por aqui, os que calam, mas sinto a sua presença.
Conheci um mundo que não existia para mim, um mundo composto de trocas de conhecimentos e de saberes. Li testemunhos de quem escreve bem, de quem sabe muito e com quem aprendi uma nova postura na vida. Deixei mensagens de saudades a quem partiu da esfera bloquista, deixando com saudades os seus amigos. Dei parabéns em blogues que nunca ouviram falar de mim. Coloquei dúvidas e dei opiniões!
Aprendi que há verdadeira amizade aqui neste mundo de “máquina de escrever” onde não se vêm rostos mas se ensina a amar. Aqui escreve-se com raiva, com ódio, com amor, com paixão. Aqui, chora-se por solidariedade e amor, aqui ri-se com as loucuras de alguém.
Aqui também se escreve para não gritar de dor, desespero e solidão.
E passado um ano, o que vos posso dizer? Só sei que quanto mais por aqui ando, sei que nada sei!
Um grande Obrigada a quem me ajudou a caminhar por este mundo tão estranho e tão deslumbrante ao mesmo tempo. A todos vós que estão desse lado, que é o meu também.
Um abraço do tamanho do mundo para todos vós.
Franky
Maniche
