quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Alentejo - Saudade

Por vezes dou comigo a sentir esta saudade imensa do Alentejo!
Da terra que me viu nascer, altaneira no tempo e no espaço. Da planície. Das searas verdejantes, ondulantes ao sabor calmo do vento, como lençóis feitos mar em tardes cálidas de verão. Dos campos floridos na primavera. Dos voos rasantes dos pássaros nas tardes de estio. Dos cantares alentejanos ecoando pelo casario. Das festas anuais do santos padroeiros. Das feiras e romarias. Das gentes. Dos cheiros. Do cheiro a estevas. Do cheiro a chuva. Do lume. Do calor. Das sombras. Dos Invernos gelados. Das histórias de vida, vividas e sentidas por um povo que eu lembro a cada instante.

Fotos da Net

Num
sonho a Sul,
voando por aí
a rasar o céu,
em noite
de lua cheia…
...sem rédeas
cavalgo
a raiva contida
nas asas
da tempestade.
Liberdade
sentida
neste deserto
de intimidade.
Saudade
perdida
Vida e morte
Vadiagem
Eternidade…

6 comentários:

Jon disse...

E eu que não tenho raízes nenhumas no Alentejo e sinto falta dele?!?

Gosto daquela sensação de liberdade e de espaço que só as planícies alentejanas transmitem...
Dos contrastes entre o branco mais puro, o azul cobalto e o ocre...

tã bommmm!... :P

António disse...

Quem não tem saudades da sua terra?
Por pouco atractiva que seja...
Bom fim de semana, Franky.
E um beijinho.

Dina disse...

Então vais gostar deste blogue...dá para matares saudades do nosso alentejo.
http://cadoalentejo.blogspot.com/

Silvestre Raposo disse...

Venho agradecer a honra de colocar o poema no seu blog e agradeço também a foto do Cruzeiro que é também minha. O poema foi criado com títulos de Blogues e dedicado a esses blogues de pessoas amigas, no proximo incluo este seu... Obrigado. abraço

Arte em Movimento disse...

Olá Silvestre
Não tem nada que agradecer, eu é que tenho de pedir desculpas de ter "usado" a sua foto, a do cruzeiro e por esquecimento não a ter identificado. Já está rectificado o meu erro.
Vila (Aldeia) Nova de S. Bento é uma terra que eu adoro. Vivi lá durante 5/6 anos, numa face da minha vida em que tudo é gravado a fogo na nossa memória. Foi uma adolescência muito feliz a minha enquanto vivi lá. Criei amizades para toda a minha vida, amores, desamores. Conheci em A.N.S.Bento, pessoas lindas que são difíceis de esquecer.
Infelizmente não me recordo do Silvestre. É um erro grave da minha parte, pois sendo o Silvestre tão ilustre artista é imperdoável a minha falha. Já estive a ver o seu blog, caminhos e adorei. Identifiquei o Cruzeiro e lembrei-me logo da festa das Cruzes!
Parabéns.

Silvestre Raposo disse...

Olá de novo. Sinceramente tenho muito gosto em que tenha utilizado o poema e a foto. Pode utilizar as que desejar:
www.flickr.com/photos/silvestreraposo
ou: www.silvestreraposo.com

Quanto a Aldeia Nova eu nasci aqui, mas não foi aqui que cresci, daí o não conhecer-me.