segunda-feira, novembro 14, 2005

Amores diferentes!

Todos iguais, mais ou menos!

Mais um tema polémico, e talvez não.

Voltando a falar de Amor, Amor “Diferente” desta vez. Ao escrever esta diferenciação no Amor, já estou a entrar na polémica.
O que é um Amor diferente?

O amor que sentimos por indivíduos de sexo oposto?
Ou o que se sente pelo mesmo sexo?

Entre raças diferentes?

O amor entre duas pessoas que se amam deve antes de tudo respeitar a sociedade. E Como? Não a chocando com o seu comportamento, por exemplo.

O Amor é livre e lindo, quando amamos com lucidez.
Dou como exemplo este episódio, passado com uma pessoa de quem eu gosto muito e já há imenso tempo que não vejo.


Há alguns anos atrás, mais precisamente uns 15 anos, estava uma velha amiga minha, Enfermeira/Parteira, de profissão, já reformada na altura destes acontecimentos, sentada num banco de jardim, a descansar e a apreciar a paisagem num fim de tarde de Outono, ao seu lado sentou-se um casal de namorados.

Tudo fizeram para chamar a atenção da minha amiga, trocando carícias mais ou menos “picantes”. Esta com uma calma incrível continuava a apreciar a paisagem.

Como ela nada dissesse, ignorando totalmente o que se passava mesmo ali ao seu lado, o casal de namorados, depois de várias tentativas para provocar uma reacção da parte dela, perguntaram-lhe se não se sentia “chocada”.

_ Chocada eu? Perguntou a minha amiga - Porquê?
Meus queridos, tudo aquilo que vocês estão a aprender hoje já eu o vivi ontem. Posso ter saudades, posso sentir nostalgia, mas nada me choca com esta idade nem com a minha profissão.
Podem continuar se isso lhes dá prazer, a trocar juras de amor e carinhos, mas não para me provocarem. Aí perdem o vosso precioso tempo e o pior, o respeito por vós próprios.
O nosso par de namorados, afastaram-se envergonhados com esta lição de vida e humildade.


Quando dois jovens, sejam eles de que sexo for, tentam provocar a nossa indignação, chamando a atenção para os seus actos, estão a proceder erradamente.
Estão a perder tempo e amor.
Um bem demasiado precioso para ser esbanjado.


Notícias de jornais e TVs trazem à ordem do dia, um par de namoradas que foram injustiçadas numa Escola.
Pois… será que foram? Será que não era isso que elas estavam à procura para chamarem a atenção para o seu “problema? Assim, o assunto que era só delas, passou a domínio público, elas as vitimas e os outros os maus, neste caso o Conselho Directivo de uma Escola!
Se um casal, digamos, dito normal, estivesse em atitudes mais ou menos indecorosas, não deveria ser chamado a atenção? E se o casal for do mesmo sexo, não se pode fazer uma advertência? É repressão?

Deveremos ignorar tudo e todos?

Hoje em dia não se sabe bem o que é normal ou não, o que ontem era “aberração”, hoje é normal, tudo é aceite, na maior. Por esse motivo não vale a pena provocar as iras e os sentimentos das pessoas, só estamos a chamar a atenção para os nossos actos, para culpabilizar a sociedade, culpabilizando-a das nossas escolhas, a não ser que assim o desejemos.

1 comentário:

Flávia disse...

Este é um tema que nem sempre é fácil de abordar porque, mesmo não sendo nós discriminadores, julgamos sempre os outros.
Por vezes, aflige-me cenas entre casais "pouco comuns".
Não gosto de discriminar, mas sei que a nossa cultura está moldada de uma maneira que nem sempre é fácil aceitar o que nos salta à vista. Como é que é possível, dizemos nós mulheres, que um rapaz todo jeitoso possa ser gay? Mas isto é apenas uma questão de mentalidades.
Não recrimino de qualquer pessoa possa ter sentimentos diferentes. Como sabes, já conheci pessoas que o eram, mesmo que directamente o tenham escondido. Acho até, pelos boatos que por vezes surgem, que convivo diariamente com um colega que é gay, com quem vou beber café todos os dias e com quem me dou extremamente bem como amiga. Se alguma vez ele mo dissesse, não mudaria a minha amizade em relação a ele.
Agora,outra questão: ter um namorado que queria acabar uma relação, para me trocar por um homem! Acho que, aí sim, não conseguia suportar a dor da perda a favor de uma pessoa do mesmo sexo.

bj