sexta-feira, junho 17, 2005

Homenagem à Punky

punky



Dedicado à minha cadela Punky

Quando chegaste vinhas só, magra, doente do corpo e da alma
Quando chegaste, vinhas despida de ilusões
Quando chegaste, eu não conseguia olhar para ti
Quando chegaste quis saber quem te pôs naquele estado
Senti medo, ódio, pena, desejos de vingança
Quem te tinha feito sofrer tanto?

Olhaste para mim sem forças
Triste, muito triste
Sem alento
Sem alegria de viver
Enrolaste-te num canto e ali ficaste, meio adormecida, meio desfalecida

Disseram os entendidos que não sobrevivias
Que tinhas poucos dias de vida
Olhei para ti e tu devolveste-me um olhar sem alento
Sem expressão
Tinha chegado a hora, pensaste tu
E eu vi ou imaginei
Uma lágrima nos teus olhos

A chorar, jurei
Que não te deixava partir
Não tinha chegado a tua hora
Tinhas só um ano
Vamos lutar menina…
Sussurrei-te ao teu ouvido
Força, amiga vamos lutar

Lutamos durante muito tempo
Tu, sempre a desistir
Eu a insistir
Eu a insistir, sempre a insistir
Nunca desisti, lembras-te?
Mesmo naqueles momentos muito difíceis
Em que olhavas para mim e dizias, chega!!!
Deixa-me partir por favor, estou cansada
Eu agitava o teu corpo tão fraco, tão frágil
E dizia-te
Não amiga, vais viver aqui ao meu lado
Vais ser a cadela mais linda deste mundo
Vai vencer a morte
Vais viver a VIDA

E lutámos as duas lado a lado
Sem dar tréguas
A essa sombra negra que sempre pairou sobre ti
Vencemos porque tu quiseste
Porque eu não te deixei partir

Foi uma longa vida de partilhas
De afectos
De dedicação
Demonstramos aos homens que te fizeram mal
Que a vida é para ser vivida
Que vale a pena ser vivida

Hoje estás longe de mim
Do outro lado da ponte
Feliz, muito feliz
Viveste 14 anos, plenos de felicidade
Tiveste uma família que te amou

Punky… estás do outro lado do arco-íris
Espera amiga
Qualquer dia eu vou ter contigo
E amar-te-ei outra vez.

Franky



1 comentário:

Anónimo disse...

bonita a homenagem à Punky. Bj.