quarta-feira, junho 22, 2005

Cavalos à solta




Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos

3 comentários:

AJSSB disse...

Bem Vinda à blogosfera.

Estou gstando de ver.

Um beijo grande,
Ana

Flávia disse...

Engraçado como as várias tonalidades do carvão deixa transparecer a "textura" do pêlo de cada um dos cavalos.

Excelente, amiga!Contiua a desenhar e a pintar assim tão bem

Beijocas

Arte em Movimento disse...

Pois é Sr. Reporter, como em tudo que faço acho que não está bem feito, que precisa melhorar, ter outras ideias válidas, daí a minha modestia e não ter dito nada.
O blog vale pelo que vale, são as minhas mãos e a minha alma em movimento.
Agradeço as tuas palavras.

Um beijinho

Franky